Autoras feministas: elas têm (muito!) o que dizer
7 escritoras para você conhecer e se inspirar
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem sido marcado por muita reflexão e debates em relação à luta das mulheres na sociedade. Pensando nisso, e na importância do tema, o Westwing selecionou 7 grandes autoras feministas que fizeram história com sua obra, que inspira, ensina e joga luz na pauta sobre a luta pela igualdade de direitos da mulher.
7 autoras feministas essenciais para a luta da mulher
Lygia Fagundes Telles (1923)
Conhecida como “a dama da literatura brasileira”, Lygia é considerada uma das mais importantes escritoras da literatura brasileira. Com grande representação no pós-modernismo, suas obras retratam temas clássicos e universais, como morte, amor, medo, loucura e fantasia. Seu livro “As Meninas”, premiado com o Prêmio Jabuti de 1974, foi escrito e lançado em plena ditadura militar e traz a história de três meninas (Lorena, Ana Clara e Lia) vivenciando conflitos e questões típicas da juventude no contexto de pressão – e repressão – do regime militar.
Simone de Beauvoir (1908-1986)
Considerada uma das maiores teóricas do feminismo moderno, Simone foi escritora, filósofa, ativista e professora. Em seu livro “O segundo sexo” – um paradigma da filosofia feminista –, a intelectual faz uma análise da condição social da mulher ao longo da história, até chegar à conclusão de que as mulheres foram desumanizadas, excluídas das esferas de poder e despidas de seus direitos.
Chimamanda Ngozi Adichie (1977)
A escritora nigeriana, um dos grandes símbolos feministas da atualidade, é reconhecida como uma das mais importantes e jovens autoras anglófonas, atraindo a atenção de leitores para a literatura feminista africana.
Em seu livro “Sejamos todos feministas” – baseado em sua apresentação no TED, que teve mais de 4 milhões de visualizações -, a autora desconstrói argumentos contrários ao feminismo e defende que ele nada mais é do que a busca por direitos sociais e políticos iguais para mulheres e homens.
Virginia Woolf (1882-1941)
Uma das autoras mais importantes do modernismo clássico, a escritora, ensaísta e editora britânica desempenhou papel significativo dentro da sociedade literária londrina durante o período entre guerras, sendo também uma das precursoras do uso do fluxo de consciência, técnica literária modernista.
Seu livro “Um teto todo seu” é baseado em palestras da autora, e traz reflexões sobre a opressão feminina e sua influência na produção literária. Para Woolf, uma mulher só se torna capaz de produzir literatura se for financeiramente independente, ou se tiver um teto – todo seu – para morar.
Naomi Wolf (1962)
Jornalista e escritora feminista, Naomi Wolf escreveu livros considerados referências para o movimento feminista da década de 1990. Também contribuiu para jornais como The New York Times, The Wall Street Journal e a revista Glamour, disseminando suas teorias feministas.
Em seu livro “O mito da Beleza”, Naomi explora os padrões normativos de beleza propagados pela indústria da moda e do entretenimento. Para ela, esses padrões são tão violentos que acabam destruindo a psique feminina, eliminando-as politicamente e mantendo-as sob controle.
Djamila Ribeiro (1980)
Em seu livro “Quem tem medo do feminismo negro?”, a filósofa, feminista e ativista do movimento negro reúne, em um ensaio autobiográfico, uma seleção de artigos publicados por ela mesma no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. Dentre os temas abordados estão o aumento da intolerância às religiões de matrizes africanas, ataques a celebridades negras, como Maju Coutinho, os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e Brasil.
Gloria Jean Watkins (1952)
Mais conhecida pelo pseudônimo “Bell Hooks”, Gloria Jean é autora, professora, teórica feminista, artista e ativista social estadunidense. Com mais de trinta livros publicados, aborda temas como a interseccionalidade de raça, capitalismo e gênero.
Seu livro “Teoria Feminista – Da Margem ao Centro” foi publicado em 1984, mas permanece atual e provocador até hoje. Ele examina questões como a sororidade, a violência, a periferização e a parentalidade, defendendo que o movimento feminista tem de reconhecer a complexidade das relações sociais e a contribuição das mulheres negras ao longo da história.
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