Ana Requião e a arte da caligrafia
A caligrafia é uma arte e quando encontra mãos hábeis, se torna uma ferramenta de comunicação que vai além das palavras, estendendo seu significado através do contorno e estilo da escrita. Ana Requião é uma talentosa calígrafa e o papel é o seu playground. Nele ela imprime mensagens carregadas de significado e deixa para as pessoas pequenos lembretes de felicidade: um resgate curioso e muito bem-vindo para quem se perde na rotina de todo dia.
Ana, que é formada em design de interiores, também atua como produtora de arte no Westwing e seu perfil profissional se encaixa bem à sua personalidade inquieta e criativa, sempre aberta a novos projetos. Indo de encontro a uma era cada vez mais digital, Ana valoriza os traços pessoais da sua arte, que fazem de cada peça algo único e exclusivo.
Como tudo começou
Incentivada pelos pais, ela tem uma relação antiga com tudo o que é feito à mão e aprendeu desde cedo a bordar, desenhar e a fazer tricô. Com a caligrafia não poderia ter sido diferente: “Eu sempre gostei de escrever e fiz caligrafia quando era pequena, porque minha mãe queria que eu tivesse uma letra bonita”, ela conta, entre risos.
Porém, foi somente mais tarde, quando já formada, que se viu com tempo disponível para retomar essa prática: “No começo era só uma válvula de escape e, depois, passei a fazer encomendas, participar de feiras…”. Alguns anos depois, com mais cursos no currículo, ela desenvolveu uma técnica e estilo próprio.
Entre pincéis, canetas tinteiro e aquarelas, Ana passou a fazer contribuições em eventos, desenvolvendo materiais exclusivos que celebravam datas marcantes, além de atender pedidos especiais de amigos e parceiros, produzindo peças originais e cheias de charme, que aqueciam o coração de quem dava e recebia este presente. E foi ao trabalhar em uma destas peças que Ana viu nascer um outro capítulo na sua carreira.
Recados Perdidos
O projeto Recados Perdidos surgiu por acaso quando, ao atender a um pedido de uma amiga e fazer um trabalho para presentear outra pessoa, elas esqueceram o envelope em um restaurante e ele se perdeu. “Só percebemos quando já era tarde e eu fiquei meio brava. Por outro lado, pensei que seria legal para quem encontrasse, porque era uma frase bacana, estava num envelopinho super bonitinho. E por que não transformar isso em algo especial?”.
E foi isso que ela fez, deixando mensagens sem data certa em lugares escolhidos na sorte, por São Paulo ou pelas cidades que ela e seus amigos visitam. “A gente tira uma foto, posta o lugar onde foi deixado e a pessoa que achar leva para casa”. Sua caligrafia já viajou o Nordeste do Brasil, fez ponte aérea no Rio de Janeiro e saiu do país, passando pela América Latina. No seu perfil do Instagram @recadosperdidos você pode seguir este traçado e, quem sabe, encontrar um recado perdido para chamar de seu.
Sua relação com o Westwing
Desde que iniciou sua carreira na empresa, Ana fez várias contribuições para os trabalhos em que atuava, dando um toque handmade especial a e-books e peças de divulgação. Foi então que surgiu a ideia de fazer uma campanha que pudesse levar essas mensagens para dentro da casa – e da vida – das pessoas.
Ana criou livremente, com pincéis, penas e aquarelas. Quadrinhos, plaquinhas, almofadas, com estampas gráficas e mensagens escolhidas a dedo: “Tem muita frase que a gente mesmo criou e outras que eu gosto e sempre escrevo. É o que eu teria na minha casa”.
A parte favorita de Ana? “É muito legal isso, escrever uma coisinha que vai fazer outra pessoa um pouquinho mais feliz. Para que em todo momento que ela veja aquela frase ou palavra, ela pense em algo bom, lembre de uma coisa especial, e tudo fica um pouco mais tranquilo. A caligrafia me acalma e eu espero passar um pouco disso para as pessoas”
Imagens: Westwing e divulgação Recados Perdidos