O século XX foi um período bastante importante para a arquitetura e design. Nele foram criados diversos movimentos artísticos, novos conceitos foram apresentados e diversos nomes de várias partes do mundo se destacaram. Entre os notórios está Eileen Gray. E não só pelo fato de ser uma mulher em um meio que era predominantemente masculino, mas também pelo fato de Eileen Gray ter sido bastante visionária em seus trabalhos. Não é à toa que ela foi uma das primeiras mulheres a ser reconhecida internacionalmente na área do design industrial.
Fonte: Site Eileen Gray
Eileen Gray era arquiteta, designer de interiores e projetista de móveis. Seus trabalhos são associados ao International Style, uma corrente da arquitetura praticada na primeira metade do século XX. Até hoje ela segue sendo uma referência no ramo não só para mulheres, mas também para homens interessados no assunto. Conheça mais sobre o trabalho artístico de Eileen Gray com o Westwing.
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Eileen Gray: biografia
Eileen Gray nasceu em 1878, em Enniscorthy, na Irlanda. O sobrenome familiar era, primeiramente, Moray. Porém, devido à herança de um título de nobreza que sua mãe ganhou de um tio, Eileen e seus quatro irmãos passaram a ter sobrenome Gray.
Sua família foi uma das grandes responsáveis por seu gosto apurado pelo design de interiores e pela arquitetura. Sua mãe era uma grande interessada por esses assuntos, transmitindo essa curiosidade a Eileen Gray. Já pelo lado paterno veio o encanto pelas viagens, de conhecer e explorar o novo, visto que ela sempre acompanhava seu pai – que era pintor – em viagens pelo continente europeu.
Logo com 23 anos se matriculou no curso de desenho da Slade School of Fine Arts, em Londes. Foi durante esse período de estudos e visitas aos museus londrinos que ela entrou em contato com a técnica oriental da laca, que viria a se tornar de grande importância em seus trabalhos posteriormente.
Seu espírito viajante não cessou quando se tornou adulta e Eileen Gray passou a conhecer diversos lugares no mundo que serviriam de grande inspiração para seus projetos. Um deles foi o norte da África, mais especificamente no Marrocos, onde aprendeu sobre a cultura têxtil.
Os projetos de Eileen Gray
Eileen Gray era uma artista única. Seus trabalhos nunca foram feitos de maneira industrial, ou seja, não eram produzidos em larga escala. Suas peças são únicas e exclusivas. Eileen Gray gostava de criar formas limpas e básicas, mas que eram, concomitantemente, imponentes.
Uma das técnicas bastante aplicada por ela era a da laca, um tipo de verniz natural usado há milhares de anos na China. Seus projetos de móveis, como mesas, biombos e armários, eram feitos a partir da laca, madeiras raras, detalhes orientais e abstração geométrica. Esta última, inclusive, surgiu devido à influência que o Neoplasticismo exerceu sobre ela.
Muitos passaram a prestar atenção no trabalho de design de interiores de Eileen Gray por conta da decoração que ela compôs para o apartamento da Madame Mathieu-Lévy, em Paris. Entre os destaques estava uma cama em forma de canoa com detalhes em laca marrom e prata.
Já no ramo da arquitetura, seu trabalho de maior reconhecimento é a casa E-1027, que ela mesma desenhou e construiu no sul da França, à beira-mar, com a intenção de ser uma casa de verão. Com base no funcionalismo arquitetônico bastante promulgado na época, a casa de Eileen Gray era pequena, mas extremamente funcional, aproveitando todos os espaços, inclusive os denominados “espaços mortos”.
A história de Eileen Gray é inspiradora. E é esta a intenção do Westwing: levar até você histórias que entusiasmam e que transformam o dia a dia.